7 de out. de 2010

Só um conto


Se eu te falar você pode me achar boba, aí eu vou ficar sem jeito e você vai descobrir meus maiores defeitos, às vezes eu amo demais, amo mais que deveria, mais do que possa caber aqui dentro. 
Tanto amor exige cuidado dobrado, eu sou mesmo complicada, uma pedra no sapato, ou talvez uma pedra preciosa sendo  lapidada lentamente com tanto cuidado.
No fundo toda mulher sonha com aquele cavalo branco vindo em sua direção, mas sempre abre-se espaço para realidade, sem magia de contos de fadas, mas com magias reais, onde sente-se o arrepio na pele, onde não tem nenhum cavalo branco, muito menos um príncipe encantado, sim alguém que lhe vai ser fiel, que vai ir além do que se quer ou se imagina, como uma ambição que vai além da incompreensão.  
E ser feliz é tão simples, e muito mais simples é de se complicar a felicidade, encontrar alguém que lhe diga o quanto és importante na sua existência, que venha a apaixonar-se todos os dias pela mesma pessoa, que não precisaria conquistar outras garotas pra provar que é homem, e sim conquistar uma única todos os dias de sua vida. 
Ninguém vive somente da luz das estrelas, é preciso a luz da brasa que queima e arde no peito, é preciso a magia que enfeitiça e não apenas a que encanta, mas também é preciso saber viver em meio a escuridão.
Nesse conto, que são apenas lembranças que nunca aconteceram, eu seria sua única verdade, a única certeza antes de dormir, a única proteção em meio as multidões que lhe fariam cair