26 de jul. de 2017

Essa é a ordem

Alguns vão te achar bobo
Talvez muitos te achem louco
E alguns, que você é feliz
As vezes é preciso vestir-se de sorriso
Armar-se de frases ou divagações sem sentido
É preciso escape, desse mundo que sabe ser cruel
E tão fácil é, acusar ao malfeitor
Mas todos temos nossas crueldades...
Palavras que ferem, atitudes impensadas
Tantas e tantas culpas transferidas, por nossas próprias frustrações
Passa a ser justo dizer o quão é injusto
É difícil manobrar a vida, sendo ela feita de pessoas
Pessoas que sentem, absorvem, não sentem, ficam tristes ou contentes
Cada uma com sua complexidade, seu equilíbrio ou instabilidade
Seu querer, desquerer
Mas a bondade da vida é que muitas pessoas vão se encaixar
Vão chegar sem perguntas e entender tua falta de jeito
Mergulhar na sua intensidade, e te jurar com ações, lealdade
A vida é tsunami mas também é calmaria
Chega um momento na sua vida que “tanto faz”
Você para de insistir, cansa de esperar
E aos poucos você esquece, apaga da memória
Um dia ruim antecede um dia bom, que antecede um dia ótimo

E essa é a ordem que nos mantém em constante fé.

18 de jun. de 2017

Recomeçar

Recomece! Quantas vezes for necessário
As vezes é preciso desbravar o travesseiro
Em busca da cura, do aconchego
Lavar a alma e deixar ir
Tirar do peito o que entristece e que antes fazia sorrir
A vida é uma completa incógnita
Mas quem é que não sabe? Quem é que não diz?
Eternas perguntas sem respostas...
Ou respostas que se escondem atrás de falsas verdades?
Felizes os equilibrados
Os ajuizados
Que dividem razão e emoção, na mais justa combinação
Tarefa impossível, aos impulsivos
Pobres os amantes, sempre condenados... ao amar, sempre solitário
E assim vai seguindo, vai se indo...
Na esperança de que aquele mesmo caminho lhe traga de volta o que um dia foi seu
Assim... como em um paradoxo temporal
Uma viagem, pra lugar nenhum
No final não restam mais certezas, mas sobram-lhe verdades
Frescura, medo, receio ou outras bobagens
Quantas lacunas pra pouca atenção
Só lhe resta então sorrir com desalento
Esperando o próximo momento, para brilhar então
Apagando tudo que já foi dito, e esquecendo tudo que já foi estrago
Vem! Esquece a cicatriz, o buraco ou rastro
Não se afunda... deixa flutuar, navegar
A vida é mar aberto...
É imensidão, é caminho longo pra se explorar.

26 de set. de 2016

Eu do avesso.

Em solidão constante
Brindando com o silêncio dos próprios pensamentos
Por que estás só?
Mas por que não deveria estar?
O amor é admirável demais, para aceitá-lo de quem vier, de um qualquer.
O menosprezo não é intencional, mas o jardim de expectativas está em regresso
E isso não é triste, mas não é derradeiro
Quem sabe opcional, uma espécie de “sensatez motivacional “
Ah, a sapiosexualidade
Misturada com inúmeras verdades
Complexidade misturada com dualidade
Mas quem não é?
É tanta pluralidade, que já és singular aos olhos
Seria uma hipérbole dizer “sou diferente”?
Não o diferente especial, mas aquele que é turbulento, que remexe tudo por dentro
São muitas emoções, algumas pela metade, outras compactadas. Bem guardadas, quase explosivas.

Nostalgia boa é aquela da infância ... brincar com  “massinha de modelar”
Maleáveis, moldáveis, isso sim era ter poder.
Você entende? As constantes voltas,  pensamentos  desconcentrados
Às vezes retorna, às vezes simplesmente... muda o trajeto
Muda o assunto, muda por que já nem faz mais sentindo
Porque já cansou-se de explicar. 

22 de ago. de 2016

Um novo dia.

O sol nasceu, em meio às nuvens, mas... clareando o dia.  Ele sempre faz bonito!
É um novo dia, trazendo novas oportunidades.
Quem sabe um novo amigo, ou uma descoberta que vai mudar a sua vida?
Talvez seja apenas aquele dia pra dormir no seu aconchego, colocar em dia sua leitura, ou até mesmo encontrar um novo sentido na vida, assistindo sua série favorita.
Um novo dia nem sempre é especial, às vezes é só um dia ruim, que demora pra passar...
Às vezes, um novo dia pode ser mais do que você espera, ele pode te trazer um novo amor, ou, olha lá... um bolo de chocolate, que dia inesquecível!
Como você tem vivido seus dias?
Esperando que eles acabem ou experimentando lentamente cada momento?
A sua vida pode acabar em anos ou segundos, é muito tempo pra ficar pensando “e se” ou pra remoer aquela mágoa... é pouco tempo pra aproveitar tudo que se tem vontade.
Quantos livros guardados, quantas viagens planejadas, quantos amigos deixados pra depois.
Tem muita gente pra você aprender, ainda tem tanta coisa pra você ensinar.
É muita solidão pra pouco travesseiro, até os dias mais apáticos merecem ser apreciados.

É tanto tempo e energia desperdiçada, que até com Deus... você, hoje nem conversou. 

24 de mai. de 2016

Coisas que eu gosto.

Eu gosto de pessoas que demonstram suas emoções, que não tem medo do que dizem, ou do quão loucas possam parecer suas palavras.
Eu gosto de conversas malucas, aquelas que você da risada, mesmo não fazendo tanto sentido quanto deveriam.  Assim como gosto daquelas conversas que fazem suspirar, como se estivesse em um sonho. Sabe quando a respiração enfraquece... e você sente ela voltando devagarzinho... Ah como eu gosto disso!
Tem pessoas que dá vontade de chacoalhar. Reage, reage! Deve ter coisa boa ali dentro, sempre tem.
Deve ser por isso que eu me apaixono pelas palavras. Elas batem direto no peito, causando todo tipo de efeito.
As pessoas podem ser adoráveis quando querem, mas também sabem ser rudes, destruindo com a mesma intensidade.
Por um longo momento, pensamos em como seria perfeito se pudéssemos desenhar cada detalhe da nossa vida, tirar cada empecilho, cada sentimento ruim ou cada verdade dura. Mas por menos pessimista que esse texto queira parecer, a vida não é assim. Temos que sofrer um pouco, um pouquinho, um montão se você preferir, mas sempre haverá dor.
Escolhemos nossos caminhos, e eles vão revelar-se lá frente. Ruins ou não, são consequências de nossas próprias decisões.
Todo sofrimento é necessário, ele faz parte de quem somos e de quem nos tornamos. Na sua maioria... o sofrimento nos torna mais fortes e maduros, em sua minoria, ele nos instiga à desistência.

Oh Deus! Não me deixe tocar os pés no chão. Me deixe continuar flutuando, sentir essa brisa boa, esses sentimentos que são tão leves, guiados por sorrisos bobos.
Queria eu ser uma pequena abelha, pra sair  por aí, pegando o lado doce da vida, e caso necessário... distribuindo minhas ferroadas, por mais que isso me custasse a vida.