18 de jun. de 2017

Recomeçar

Recomece! Quantas vezes for necessário
As vezes é preciso desbravar o travesseiro
Em busca da cura, do aconchego
Lavar a alma e deixar ir
Tirar do peito o que entristece e que antes fazia sorrir
A vida é uma completa incógnita
Mas quem é que não sabe? Quem é que não diz?
Eternas perguntas sem respostas...
Ou respostas que se escondem atrás de falsas verdades?
Felizes os equilibrados
Os ajuizados
Que dividem razão e emoção, na mais justa combinação
Tarefa impossível, aos impulsivos
Pobres os amantes, sempre condenados... ao amar, sempre solitário
E assim vai seguindo, vai se indo...
Na esperança de que aquele mesmo caminho lhe traga de volta o que um dia foi seu
Assim... como em um paradoxo temporal
Uma viagem, pra lugar nenhum
No final não restam mais certezas, mas sobram-lhe verdades
Frescura, medo, receio ou outras bobagens
Quantas lacunas pra pouca atenção
Só lhe resta então sorrir com desalento
Esperando o próximo momento, para brilhar então
Apagando tudo que já foi dito, e esquecendo tudo que já foi estrago
Vem! Esquece a cicatriz, o buraco ou rastro
Não se afunda... deixa flutuar, navegar
A vida é mar aberto...
É imensidão, é caminho longo pra se explorar.