23 de fev. de 2013

Pequenos erros.

Coração começa a lamentar, a alma entristece pelos erros cometidos e caminhos que foram seguidos, não há como voltar atrás e nem percorrer caminhos opostos. Quem dera eu pudesse dizer que fiz a melhor escolha, mas essa não é a primeira vez, esse sentimento me persegue continuamente, desde que aprendi certos costumes.
É obstinação fazer sempre a pior escolha quando o assunto é mais em baixo, logo ali do lado esquerdo, mas qual seria a melhor escolha, eu não sei. Há momentos em que a gente simplesmente não sabe o que fazer, apenas segue por impulso, e depois aceita as consequências, ou apenas sofre por elas até que o tempo passe e traga a calmaria, eu não vou morrer, não hoje, estou prestes a dormir e já está chegando meia noite! Amanhã é outro dia, papéis, textos, horários, aulas, pessoas... E minha boca que não sossega, que fala tudo que tem vontade, nada fica preso, e se me silencio obviamente deve ser o sono acumulado de noites mal dormidas.
Não faça nada de cabeça quente, esqueça o celular quando estiver alterado, escute de boca fechada! Essas coisas não combinam com ninguém, não como deveriam.
Vou conforme minhas próprias regras sentimentais, que seja feito o estrago por completo, nada de pequenas tempestades e nem leves feitos, ou você é ótima ou é péssima, sem meios termos.
Incrível como meu guarda-roupa acompanha meu estado psicológico, hoje ele está uma bagunça, mas amanhã é sexta-feira, dia em que a faxina não pode ser adiada.
Eu poderia me odiar, como tantas vezes já fiz, quem sabe tomar alguns remédios fortes e acordar apenas com o sol batendo na janela. Esquece! Prefiro comer e me acabar de rir com uma ótima comédia, de preferência com amigos tão insanos quanto eu, afinal, dias melhores estão por vir.

21 de fev. de 2013

O tempo

E o sentimento mais forte escolheu ser a saudade, saudades da minha adolescência quando um olhar me despertava paixão, quando um beijo fazia minhas pernas estremecerem, ou todas aquelas noites, ocupadas por lembranças de palavras e momentos,  imaginando finais felizes, que nunca aconteceram. 
Quantas vezes meus olhos se enchiam de lagrimas por amores não correspondidos e atitudes mal pensadas, mas que nunca eliminava o desejo de se estar perto.
E como amei, sorri, chorei, caí tantas e tantas vezes, mas sempre aprendendo! Levantando e dizendo que nunca mais iria me entregar a nenhum sentimento. Com o tempo esse desejo foi se realizando, e cada vez mais aquela historia ia ficando no passado, tudo girava em torno de "nada de expectativas" igual a "nada de decepções", e eu me sentia bem, imune a desilusões desnecessárias, afinal não era difícil já que as pessoas se tornavam cada vez mais fúteis, mais desinteressantes, com pouco conteúdo ou pouca solução.
Tudo parecia bem mais fácil, amigos que me proporcionavam momentos felizes, romances que nunca duravam mais que o tempo necessário, e isso era bom, evitava conflitos e desgastes, e eu nunca me sentia só, as bebidas fortes substituíam qualquer desiquilíbrio sentimental e muito mais fácil era trocar as músicas que falavam de amor,  era como um tipo de blindagem, e eu já não mais sentia vontade do amor. Sujeito mal encarado que tornava tudo rotina, tudo briga, tudo dor.
Era como uma mistura de medo com falta de vontade, aos poucos esse desapego trazia uma certa solidão, que claro era sempre preenchida por coisas momentâneas, e nunca duradouras.
Era como uma contradição de emoções, entre o desapego e a solidão, eu me sentia feliz por não ser como tantos apaixonados que desperdiçavam seu tempo com coisas de amor, declarações, lágrimas, frases e romantismos fajutas, que sempre resultavam em nada.  
Esse meu desinteresse atraía as pessoas, era aquela velha historia “gosto de tudo que não posso ter”, e eu nunca pude corresponder a nenhuma expectativa, fugindo sempre de qualquer tipo de coisa que pudesse me prender.
Não vou dizer que todos que passaram foram iguais, claro alguns mechem de uma forma diferente, encantam de uma forma especial, mas não passam de pessoas admiráveis, pessoas com quem poderia se viver um romance, mas o medo por decepcioná-las e a certeza de que não vai ser eterno, elimina qualquer hipótese do tipo.
Minha maior dúvida e medo é se um dia vou encontrar aquela pessoa que mude meu pensamento, que elimine qualquer tipo de passado que me condene, que apenas me ame e desperte em mim tamanho amor, capaz de não me fazer pensar: "e se não der certo?". Que nos seus olhos eu possa encontrar aquele amor que um dia eu senti, um amor amadurecido pelo tempo, que enfrente qualquer obstáculo e que seja uma caminhada dupla, que seja até o fim, que vá além da velhice e que lá na frente com os cabelos brancos já, possa me sentir abençoada por ter escolhido a melhor pessoa para passar esses dias ao meu lado.